quarta-feira, 13 de setembro de 2017

PEQUENA ANÁLISE DE OLIVERIO GIRONDO  


Recife, 12 de setembro 2017

Texto escrito por Salomão Fonseca Gomes



LITERATURA HISPANO-AMERICANA

PEQUENA ANÁLISE DE OLIVERIO GIRONDO



Nasceu em Buenos Aires no dia 17 de agosto de 1891, filho de uma família conceituada socialmente, isso fez com que lhe permitisse estudar na França e ter acesso ao movimento cultural existente na Europa.

De volta à Argentina, terminou seus estudos secundários e formou-se em Direito.  Devido a um acordo com os pais, não perdeu o contato com a Europa  onde  fez amizade com escritores e artistas europeus. Isso o proporcionou conhecer vários estilos e estéticas artísticas vigentes naquela época, Girondo entra em contato com o surrealismo por influência do poeta franco-uruguaio Jules Supervielle

Sua obra se divide em três fases, este texto, iremos falar um pouco da primeira.

Veinte poemas para ser leídos en el tranvía (1922), Apresenta uma característica cosmopolita. Muitos de seus textos parecem crônicas de suas viagens pelo mundo, alguns  têm mar, navegações como plano de fundo, outros têm uma poeticidade maior mesmo escritos em prosa.

Sua obra é predominantemente urbana e mostra o mundo pelos olhos curiosos de quem vê; Isso é um artifício que pode induzir o leitor a visão do escritor. Alguns textos são Solares, outros são noturnos, mostrando a imaginação, o que sua mente enxerga quando as luzes apagam.



Comentando alguns textos:


NOCTURNO

Um texto que fala sobre a noite; as janelas, as luzes...   e de repente tudo se apaga !  Então escuro, o Sombrio dá asas à nossa imaginação e revela nossa solidão mostrando o vazio existencial, o medo  humano.

O espaço físico também colabora para criar um jogo de sensações que induz o leitor a se transportar para o ambiente que está sendo observado.  O texto também apresenta uma descrição de detalhes que proporciona uma melhor construção no clímax da narrativa.

RIO DE JANEIRO

Em suas andanças pela Europa e América Latina, Olivério Girondo  também escreveu sobre Rio de Janeiro e o Pão de Açúcar,  falando de suas montanhas, os prédios, o Bondinho que anda nos fios. Um Panorama de cartão postal, uma visão aérea do Rio de Janeiro.

Em uma visão histórica de 1920, ele descreve um sol suavizando o asfalto, mostra a admiração pelas mulheres quando fala de suas nádegas e também fala da Lavagem das ruas  com água de jasmim. Ele também descreve as árvores, os parques de caminhada, as flores e toda a paisagem bucólica do Rio de Janeiro. É uma espécie de crônica em louvação a paisagem carioca!