quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O MITO DE ÍCARO E A EDUCAÇÃO



O MITO DE ÍCARO E A EDUCAÇÃO


O mito que melhor traduziu a sabedoria para educação do ser humano- humanizado foi o de Ícaro.

O mito conta a história  de Ícaro e seu pai Dédalo, Dédalo  foi um famoso inventor que construiu o labirinto que aprisionou o minotauro.  Mas por ter traído o rei Minos foi aprisionado junto com seu filho Ícaro.

Estudando maneiras de escapar da prisão Dédalo percebe que só poderia ser pelo ar, pois por mar e terra existia um domínio do rei, então ele resolveu confeccionar asas  para fugir junto ao seu filho Ícaro.

 Trabalhando arduamente fez dois pares de asas, colando as penas com cera de abelha e deu um par a seu filho os dois conseguiram escapar, Dédalo conseguiu chegar ao seu destino, porém Ícaro não conseguiu chegar.

 Ele não conseguiu o conselho do pai que o orientou a não voar tão próximo do sol porque o calor derreteria a cera que colava as penas da asa e por isso caiu, enquanto seu pai cumpriu o trajeto.

O mito de Ícaro mostra o valor do trabalho. No caso, a sabedoria só é alcançada com muito esforço e paciência, a busca diária por conhecimento, o tempo dedicado ao estudo fez com que Dédalo tivesse o comportamento correto em relação ao vôo. Enquanto seu filho que não se dedicou a construção das asas só as recebeu  do pai ficou fascinado com a ideia de poder voar e acabou morrendo.

O personagem Ícaro  também representa liberdade jovem aventureiros que usou voar e ser livre como um pássaro, mas que por falta de maturidade conhecimento não completou o seu trajeto.

O processo do conhecimento é lento exige esforço, paciência e força de vontade.  a sabedoria é algo que deve ser trabalhada e construída  constantemente  utilizando  o apoio de diversa fontes de informação  os mitos são uma forma de representar a sociedade  e também de  adquirir informação a partir do conhecimento gerado não só pela ciência mais também pelo conhecimento que é passado de geração em geração.



Por Salomão Fonseca








A CONSTRUÇÃO DOS MITOS

A CONSTRUÇÃO DOS MITOS


O mito é uma das representações da sociedade contemporânea, é um modo de observar o mundo e a nós mesmos. É a partir dele, que podemos reinventar a nossa forma de olhar o mundo, criando uma realidade, levando em consideração valores científicos, artísticos, religiosas transmitidos através das gerações.

Utilizando o conhecimento adquirido que toma como base as crenças populares, valorizando a cultura internalizada  dos grupos  sociais a que pertencemos.  Os mitos se fortalecem através da transmissão do conhecimento intuitivo que é passado de pai para filho, de uma civilização á outra, onde não é priorizado o cientificismo a informação baseada na fundamentação, elaboração de pesquisa, e sim o conjunto de costumes de um grupo social; é por esse motivo que o mito faz parte da vida contemporânea.

I  Carnaval é uma das representações míticas das diversas realidades sócias do Brasil, uma festa popular que mostra as diferentes culturas existentes em nosso país, nosso folclore, nossas influências africanas e europeias são representadas através do maracatu, dos bailes de mascaras. Uma festa pagã onde o lúdico e a realidade se confundem através das representações artísticas  enfatizando alegria que representa tão bem nosso povo.

II Futebol é um símbolo nacional, uma representação coletividade e da alegria brasileira, e porque não dizer, do poder. Uma vez que ele também interfere na distribuição de renda colaborando diretamente com a divisão de classes sociais.
Também podemos encará-lo como um símbolo de união entre as pessoas, tendo em vista uma copa do mundo ou um campeonato brasileiro em que as torcida se unem para celebra a vitória dos seus times. É despertar do nacionalismo, o sentimento patriota.

 III No casamento historicamente a família representa a célula básica da sociedade, casamento é a concretização desse ideal. Homem deixa de ser nômade e passa a ser a sedentário começando a guardar alimentos e assim se estabelecendo em um único local criando laços de afetividade. É o princípio da formação da sociedade, é o aprender a conviver coletivamente.
Mais tarde com o catolicismo o casamento personifica a ideia da família perfeita.  Em uma sociedade patriarcal em que o homem é o espelho, o ser bem sucedido e virtuoso que tem a tarefa de proteger e dar qualidade de vida aos filhos.  A mulher é a mãe protetora que vai educar sua cria e servir ao marido. É o retrato da família que segui os valores do catolicismo de crescer e multiplicar respeitando sempre os valores impostos pela igreja á sociedade.

IV A formatura é ascensão social através do estudo,  a ideia de valorização profissional e assalarias. O mito do homem que estudo o que é bem sucedido profissionalmente estando um passo à frente dos outros; é uma forma de representar as diferenças de classes sociais, um dos símbolos do capitalismo. aquele que se prepara o que se especializou terá melhores condições de trabalho e salário, subordinando tarefas aos que não ascenderam profissionalmente  pelo estudo.



por Salomão Fonseca
















ALGUNS PONTOS HISTÓRICOS DO RECIFE


ALGUNS PONTOS HISTÓRICOS DO RECIFE



Nosso passeio começa falando um pouco da origem do recife.  "Recife dos navios", uma cidade que se situava à beira mar, na beira dos rios, recife porto  de Olinda  que era a capital de Pernambuco  nos anos de 1535.

Os casarões de estilo colonial  com janelas amplas, portas pesadas  características  de uma cidade que abrigava  as famílias abastadas da  e os grandes centros do poder

É no Recife antigo “centro histórico” da cidade que encontramos as edificações que remetem a invasão holandesa; parque 13 de Maio Construído durante a ocupação holandesa no recife, o conde Maurício de Nassau construir um jardim com influência da arquitetura renascentista, o então parque do palácio de Friburgo

Ele foi construído no terreno de manguezais, chamado ilha do rato.  Sua construção foi no governo de Barbosa lima e durou 10 anos. Inaugurado no dia 30 de agosto  na gestão do prefeito  Novaes Filho  para sediar o III congresso  da eucaristia.

Encontramos no parque diversas esculturas como o busto de Farias Neves Sobrinho, Dantas Barreto, Pereira da Costa. Dentro do parque 13 de maio encontramos a câmara municipal do recife, este prédio abrigou, até 1962, a Escola Normal do Recife, que foi transferida sob o nome de Instituto de Educação de Pernambuco (IEP).

Outra edificação importante é a Faculdade de Direito do Recife Com transferência da faculdade de direito de Olinda para o recife, 11 de agosto de 1827, o decreto do imperador D. Pedro I, neste mesmo período foi criado outras faculdades pelo país com transferência do curso para a capital da província de Pernambuco foi em 1854 A mudança da cidade  sede provocou a conseqüente mudança de denominação.

O prédio foi construído por José de Almeida pernambucano  1912 Em 1912, mudou-se para o prédio onde funciona até hoje, na praça dr. Adolfo Cirne, no Recife, depois de concluídas as obras pelo Governo da República. Dentro da história da faculdade  inúmeros  bacharéis  foram formados,  professores de literatura,  homens de importância da política,  história, da filosofia.exemplo: 1832-  Eusébio de Queirós, 1833  Paula Batista,1835 , Sousa Franco,1852 José Tomás Nabuco de Araújo (pai de Joaquim Nabuco)

O palácio do Campo das princesas é a sede do poder executivo  do nosso estado.  Ele foi idealizado pelo governador José césar Menezes,  foi construído  em 1841  por ordem  do governador  Francisco do Rego Barros. O seu nome   é uma homenagem  a família real  na ocasião da visita realizada pelo imperador D. Pedro II a imperatriz Dona Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias e suas filhas ,  campo das princesas é  devido jardim  onde as duas filhas do imperador  brincavam .

O palácio foi reformado 1920  e foi construído mais um pavimento  para aproveitar todo o campo do edifício,   no ano 1967  o palácio serviu  de sede para o governo da república do então presidente Arthur da Costa e Silva e governador Nilo de Souza Coelho.

Construído a partir da idéia Francisco do Rego Barros,  o presidente da província de   Pernambuco (1837 a 1844),  como proposta de moldar a cidade aos padrões estéticos europeus  para mostrar prosperidade valorizar a cultura como um todo. Naquela época, a sociedade passa por um processo de transformação da mentalidade  que   despertar seu interesse  formas de cultura.

O teatro de Pernambuco foi inaugurado no dia 18  de maio de 1850, o nome passou a ser teatro de santa Isabel em homenagem à princesa Isabel, filha do imperador D. Pedro II. Foi uma sugestão que partiu do governo governador da província de Pernambuco, Honório Hermeto Carneiro Leão, o marquês do Paraná; logo teatro se tornou  o maior centro cultural do estado.

Em setembro de 1869 o teatro foi quase totalmente destruído por um incêndio; sedo reconstruído por José Tibúrcio Pereira de Magalhães.  Santa Isabel foi reinaugurado em 16 de dezembro de 1876 e de lá para cá passou por diversas reformas

em 6  agosto de 1848  uma lei provincial autorizou a construção de uma casa de detenção em Recife, com arquitetura neoclássica em forma de cruz foi construída usando o princípio pan-óptico em forma de cruz que podia ser visto a partir de uma sala central.  

A casa de detenção do recife  foi inaugurado em 25 de abril de 1855. Em 1873 foi desativada e os presos foram enviados para presídio agrícola de Itamaracá. Em 1974 a casa de detenção do recife se transformou em um centro de artesanato com lojas de pinturas, bordados, jóias e confecções.

O Forte de São Tiago das Cinco Pontas situa-se no atual bairro de São José, próximo à antiga Estação Rodoviária de Santa Rita. É a última construção holandesa no Recife e um dos monumentos mais representativos da arquitetura colonial. Foi edificado pelos flamengos, no ano de 1630.

Ao lado da fortaleza há um histórico paredão onde, no dia 13 de janeiro de 1825, foi morto o frade carmelita Joaquim do Amor Divino Caneca - o conhecido Frei Caneca. Tal paredão ficava junto à forca, onde deveria morrer o célebre mártir pernambucano.

Além de servir como prisão, o Forte de São Tiago das Cinco Pontas funcionou, ainda, como quartel do Esquadrão de Cavalaria, e como sede da Secretaria de Planejamento (Seplan) da Presidência da República.

No museu, dentre as peças importantes podem ser apreciadas as seguintes: maquetes das distintas formas da fortaleza; pinturas , expondo o Recife e a sua população durante o período holandês; fotografias antigas do Recife; coleção de gravuras antigas; portas entalhadas da Igreja dos Martírios (todas em madeira de lei); peças arqueológicas do próprio forte; pinhas de louça portuguesa de Santo Antônio do Porto; canhões de várias procedências; barra de ouro (de 1645) com um sinete da Companhia das Índias Ocidentais (que foi encontrada em Pernambuco); e uma chave simbólica (em ouro e prata) entregue a Dom Pedro II, por ocasião de sua visita ao Recife em 1859.













O PRIMEIRO REINADO NO SÉCULO XIX


O PRIMEIRO REINADO NO SÉCULO XIX


Este trabalho tem o objetivo traçar um panorama do Brasil no século XIX; tendo como relevância a chegada da família real, O primeiro reinado, como se estruturou processo de independência do Brasil.  Sendo assim,  começaremos nosso estudo   partido da organização de um  Brasil dependente.

O primeiro reinado deixou uma gama de experiências sociais e políticas, com o processo de independência,o Brasil deixou de ser colônia e aos poucos foi reconhecido como nação.

Com isto, deu inicio ao processo de formação social, passado por varias etapas e períodos necessários a formação de novas idéias. Tivemos varias influencias e mesmo assim os intelectuais brasileiros com o decorrer do tempo buscaram uma identidade nossa.

O nordeste teve uma grande importância, aqui houve grandes mudanças, as transições fizeram de Pernambuco o maior foco do liberalismo, sugiram academias e sociedades secretas como a maçonaria, a família Suassuna que fazia parte da elite, deixou o nome dentre a inteligência pernambucana.

Primeiro reinado, período entre (1822 e 1831), caracterizou se pelo processo de consolidação de independência do  Brasil e    a inserção   de uma nova nação  ao sistema internacional.  O processo de independência deu-se de forma diferente das outras  colônias da América, isto aconteceu pelo fato da colônia brasileira  ter se transformado na  sede da monarquia portuguesa por alguns anos.

O cenário político naquele momento evidenciava a importância de uma constituição  que criasse as leis  e organizasse  o estado,  sendo assim  realizou- se uma  assembleia constituinte  composta por 90 deputados   que pertenciam à  aristocracia rural.  Acontece que D. Pedro I se posicionar de maneira autoritária e se compromete a defender a constituição  desde que ela fosse digna do país e dele mesmo.
Um aspecto importante a ser citado é que nessa época vigorava  liberalismo moderado   que defendia  uma monarquia constitucional  que garantia os  direitos individuais   e limitava  os poderes  do imperador,  porém   não  poderia alterar o domínio  aristocrático escravista.

A assembleia foi apresentado pelo deputado "Antônio Carlos de Andrada"  um projeto  constitucional   o que defendia os seguintes princípios:

Subordinação do poder executivo ao legislativo, o que faria com que  os interesses   da aristocracia rural fossem  priorizados;  além de deixar claro  o imperador  não poderia  desenvolver o congresso  e que as forças armadas   estaria a disposição   do legislativo  e não do  imperador.

Restrição ao acesso à vida política nacional à maioria da população brasileira, o que levou ao voto censitário. O eleitor ou candidato ao legislativo teria que comprovar renda elevada conseguido através da agricultura.

Vicentino (1997)  diz que   a renda de eleitores e candidatos era calculada pela quantidade anual de  alqueires   de mandioca  produzidos em suas terras, com isso os eleitores foram divididos em primeiro e segundo grau. Os de primeiro grau eram eleitores de paróquias e os de segundo grau eram os de renda mínima de 250 alqueres.

Esse projeto ganhou o nome de “constituição da mandioca” e excluía a grande maioria da população das eleições. Após criticas crescentes essa constituição foi extinta e deu-se inicio a constituição de 1824.         Em 25 de março de 1824, D.Pedro I outorga a Primeira Constituição Brasileira, o nome do país oficial muda de Brasil para Império do Brasil e ocorre o movimento revolucionário conhecido como confederação do Equador.

Vicentino relata que a constituição apresentava inspiração européia e utilizava como base a Carta Outorgada de Luís XVIII de 1814, que estabelecia uma monarquia hereditária, a divisão dos poderes do estado em quatro: executivo, legislativo, judiciário e moderador.

Também aconteceu a oficialização do conselho do estado ( cargo vitalício), a divisão do pais em províncias ( dirigidos Por presidentes) e  a oficialização da religião católica e a subordinação da igreja ao estado e a liberação de culto as outras religiões.

Ainda em 1824 ocorreu um movimento chamado “A Confederação do Equador”, onde provocou protesto em varias províncias, principalmente no nordeste, onde muitos produtos da região estavam em crise.

Partiu de Pernambuco um movimento de caráter separatista, republicano, urbano e popular que se espalhou por todo nordeste, tendo a adesão da Paraíba, Ceara e Rio Grande do Norte que proclamaram a formação da confederação do equador.

A situação financeira do Brasil no primeiro reinado foi de muita dificuldade com aumento da divida externa que tornou a economia do Brasil frágil.  O autoritarismo de D Pedro I desgastou as relações entre a elite agrária e também dos grupos urbanos.

Após a guerra da Cisplatina e a Guerra de sucessão portuguesa, o primeiro reinado fica desgastado, impedindo D. Pedro I de ficar a frente do governo brasileiro.

De 1831 a 1840, iniciando pela abdicação de D. Pedro I.    Durante o período das regências  o Brasil teve uma forma de governo parecido com o regime republicano.

Assim formaram-se três grupos políticos para disputar o poder: Restauradores ( caramurus), Liberais exaltados ( farroupilhas) e Liberais Moderados ( chimangos).

Em 1834 com a morte de D. Pedro I a cena política brasileira passou então a ser dominada pela ala dos progressistas e a dos regressistas.  Em 1840 os regressistas assumiram a denominação de Partido Conservador.



Referencias
VICENTINO,Claudio, DORIGO,Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo. Editora Scipione,2006.