segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

DOUTOR ESTRANHO OU HOMEM DE FERRO?


DOUTOR ESTRANHO OU HOMEM DE FERRO?

Marvel repete fórmula e faz de Doutor Estranho mais da mesma coisa!

O que era para ser o filme mais estranho, diferente na verdadeira concepção da palavra, mostrou ser uma releitura da mesma história.

A história  tinha tudo para ser o filme mais criativo e ousado da Marvel, já que Stephen Strange, herói interpretado por (Benedict Cumberbatch), tem suas aventuras ambientadas no plano astral.

Um médico renomado, excêntrico, bilionário, materialista, sofre um acidente e tem suas mãos atingidas causando danos irreversíveis. A partir daí, Strange  começa uma luta em busca de médicos e cirurgias que possam devolver os movimentos de suas mãos e fazê-lo voltar a operar.

Depois de tantas tentativas fracassadas, o Doutor Estranho conhece Jonathan Pangborn, um paraplégico  que misteriosamente consegue voltar a andar,Jonathan conta ao Doutor estranho  sobre o Kamar-Taj, no Nepal.

Sendo treinado por Karl Mordo e a Anciã, o Douto entra em contato com o plano astral e a dimensão espelhada. Através do estudo dos livros de magia, Stephen Strange  mostra ser  um leitor ávido e aprendiz dedicado, isso contribui para sua resignação como ser humano  e o seu novo papel   face aos problemas  do planeta.

Não sei para vocês, mas isso não parece com a história de outro herói?

Em 2008, chegava ao cinema a história de Tony Stark, O Homem de Ferro.  Personagem interpretado por (Robert Downey, Jr.), um gênio, bilionário, excêntrico que herdou do seu pai as indústrias Stark e fez fortuna  fabricando armas para o exército  norte-americano.

Em uma viagem ao Afeganistão para demonstrar a sua criação, o míssil Jericó, start sofre emboscada e é atingido pelos estilhaços do seu próprio míssil. Preso numa Caverna, ele conhece Yinsen, homem responsável pela construção de um eletroímã que mantém os estilhaços do  míssil   longe do coração de  Stark.

Tony é forçado a construir armas para os Dez Anéis, ao invés disso, ele constrói uma armadura para fugir da caverna. O plano dá certo, mas o seu amigo Yinsen morre!

Depois de ter sido resgatado pelo tenente-coronel James Rhodes, e ainda abalado pela perda do amigo, Stark   reconstrói e atualiza a armadura do Homem de Ferro, decidindo   combater os Dez  Anéis e lutar pela paz mundial.

Coincidência ou não, a Marvel repete a mesma história e chove no molhado!

Comparando personagens:

 Doutor Estranho transita muito pelo universo metafísico ou místico, a transcendência, transformação pelo lado espiritual.

Já em Homem de Ferro, personagem de (Robert Downey, Jr.), Mostra mais o lado humano e carnal do anti-herói, isso torna Stark mais interessante, pois suas falhas de personalidade ficam mais explicitas em o Homem de Ferro, dando um tom  debochando e  divertido  ao filme.

Stephen Strange, Personagem de (Benedict Cumberbatch), tem sua construção mais sóbria e equilibrada, ele não exagera no humor  e não é tão o sarcástico como  Tony Stark.

Em termos de efeitos especiais, podemos dizer que Doutor Estranho é o melhor filme da Marvel, pois ele abusa  da  psicodelia para criar um jogo de sensações que nunca visto pelos  Marvéticos.  

O filme funciona como uma grande epifania para mostrar as diversas realidades paralelas.  Reverências ao excelente trabalho realizado por (Scott Derrickson), em especial nas  cenas de ação, coreografias bem resolvidas e cenas que apresentam conceitos diferentes em efeitos especiais.
Por Salomão Fonseca

 

 

quarta-feira, 13 de julho de 2016

LEGIÃO URBANA 30 ANOS


PARA COMEMORAR O DIA DO ROCK, VAMOS FALAR DE LEGIÃO URBANA 30 ANOS
Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, os integrantes da Legião Urbana, lançaram uma edição comemorativa dos 30 anos do primeiro disco.
São os ensaios, as primeiras gravações de algumas das canções  que marcaram uma geração. Com a formação original, que conta com Renato Rocha no baixo, encontramos o (Petróleo do Futuro) em versão mais psicodélica que remete à bandas  como Joy Division.
No que diz respeito ao tocar das músicas, é Perceptível a ingenuidade e o autodidatismo que os ainda jovens Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá  tinham, mas isso foi vencido com muita persistência, vontade de  fazer  e o coletivo que sempre foi uma das marcas da Legião.
Encontramos trechos de (Ainda é Cedo) com Renato cantando versões em inglês, (Será) vem numa batida muito mais pesada com distorção de guitarras e sem os violões; também ouvimos (Química), música que já tinha sido gravada pelos Paralamas, e que foi apresentada pela Legião no programa CLIP CLIP da Rede Globo.
Um dos pontos de grande nostalgia foi ouvir o baixo e os diálogos de Renato Rocha como os outros integrantes da banda.  Percebemos o quanto Rocha era um músico promissor quando ouvimos (Geração coca-cola) que está muito mais elétrica e com linhas de baixo mais pesadas, ou (o reggae) que mostra as influências dos ritmos africanos do baixista.
Um  momento engraçado é ouvir as vinhetas gravadas pelos caras para fazer divulgação dos  shows e propagandas nas rádios do país. Dado, Renato, Bonfá e Rocha anunciam os shows nas rádios  tocando uma musiquinha  no piano; Russo ainda produz pequenas narrativas contando a formação da banda em Brasília e um pouco da história dos integrantes da Legião Urbana.
Aliás, o senhor Renato Russo é um caso à parte, pois  além de fazer  narrativas sobre a história da banda em Brasília, o cantor rege o quarteto como um  maestro.
Percebemos um jovem Idealista e de pulso firme, que liderava o grupo como um professor que ensina e influencia os seus alunos. Naquele momento, Renato ainda era jovem promissor, cantor de voz potente que queria ser o melhor vocalista da história no rock nacional.
Com timbre de voz barítono e suas influências de Elvis Presley, Jim Morrison, Ian Curtis; ele já despertava o interesse dos produtores e do presidente da  EMI. O motivo não era só  a voz potente, mas o letrista que com  pouco mais de 20 anos, já mostrava maturidade e uma qualidade técnica admirável, digna dos grandes poetas.
Intuitivo, perfeccionista, supersticioso, místico; Renato dizia que era Ariano como Roberto Carlos! Ele não gostava de ser filmado. Talvez nem ele soubesse que o destino o transformaria no líder de uma geração, e que sua obra se perpetuaria por várias gerações.
O disco contaria com a primeira versão de Tempo Perdido, mas por problemas de direitos autorais entre a família de Renato e os dois integrantes da Legião, a faixa não está presente no disco, porém pode ser encontrada na internet.
Por causa do disco, Bonfá e Dado estão fazendo uma turnê por todo o país com o músico e ator André Frateschi nos vocais.

Por Salomão Fonseca
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