PARA COMEMORAR O DIA DO
ROCK, VAMOS FALAR DE LEGIÃO URBANA 30 ANOS
Dado Villa-Lobos e
Marcelo Bonfá, os integrantes da Legião Urbana, lançaram uma edição comemorativa
dos 30 anos do primeiro disco.
São os
ensaios, as primeiras gravações de algumas
das canções que marcaram uma geração. Com
a formação original, que conta com Renato Rocha no baixo, encontramos o (Petróleo
do Futuro) em versão mais psicodélica que remete à bandas como Joy Division.
No que diz respeito ao
tocar das músicas, é Perceptível a ingenuidade e o autodidatismo que os ainda
jovens Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá
tinham, mas isso foi vencido com muita persistência, vontade de fazer
e o coletivo que sempre foi uma das marcas da Legião.
Encontramos trechos de (Ainda é Cedo) com Renato cantando versões em inglês, (Será) vem numa batida muito
mais pesada com distorção de guitarras e sem os violões; também
ouvimos (Química), música que já tinha sido gravada pelos Paralamas, e que foi
apresentada pela Legião no programa CLIP CLIP da Rede Globo.
Um dos pontos de grande
nostalgia foi ouvir o baixo e os diálogos de Renato Rocha como os outros
integrantes da banda. Percebemos o
quanto Rocha era um músico promissor quando ouvimos (Geração coca-cola) que está
muito mais elétrica e com linhas de baixo mais pesadas, ou (o reggae) que mostra
as influências dos ritmos africanos do baixista.
Um momento engraçado é ouvir as vinhetas
gravadas pelos caras para fazer divulgação dos shows e propagandas nas rádios do país. Dado, Renato, Bonfá e Rocha anunciam
os shows nas rádios tocando uma
musiquinha no piano; Russo ainda produz
pequenas narrativas contando a formação da banda em Brasília e um pouco da
história dos integrantes da Legião Urbana.
Aliás, o
senhor Renato Russo é um caso à parte, pois além de fazer narrativas sobre a história da banda em
Brasília, o cantor rege o quarteto como um
maestro.
Percebemos um jovem
Idealista e de pulso firme, que liderava o grupo como um professor que ensina
e influencia os seus alunos. Naquele momento, Renato ainda era jovem promissor,
cantor de voz potente que queria ser o melhor vocalista da história no rock
nacional.
Com timbre de voz
barítono e suas influências de Elvis Presley, Jim Morrison, Ian Curtis; ele já
despertava o interesse dos produtores e do presidente da EMI. O motivo não era
só a voz potente, mas o letrista que
com pouco mais de 20 anos, já mostrava
maturidade e uma qualidade técnica admirável, digna dos grandes poetas.
Intuitivo,
perfeccionista, supersticioso, místico; Renato dizia que era Ariano como
Roberto Carlos! Ele não gostava de ser filmado. Talvez nem ele soubesse que o
destino o transformaria no líder de uma geração, e que sua obra se perpetuaria
por várias gerações.
O disco contaria com a
primeira versão de Tempo Perdido, mas por problemas de direitos autorais entre
a família de Renato e os dois integrantes da Legião, a faixa não está presente
no disco, porém pode ser encontrada na internet.
Por causa do disco,
Bonfá e Dado estão fazendo uma turnê por todo o país com o músico e ator André
Frateschi nos vocais.
Por Salomão Fonseca
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