quarta-feira, 13 de julho de 2016

LEGIÃO URBANA 30 ANOS


PARA COMEMORAR O DIA DO ROCK, VAMOS FALAR DE LEGIÃO URBANA 30 ANOS
Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, os integrantes da Legião Urbana, lançaram uma edição comemorativa dos 30 anos do primeiro disco.
São os ensaios, as primeiras gravações de algumas das canções  que marcaram uma geração. Com a formação original, que conta com Renato Rocha no baixo, encontramos o (Petróleo do Futuro) em versão mais psicodélica que remete à bandas  como Joy Division.
No que diz respeito ao tocar das músicas, é Perceptível a ingenuidade e o autodidatismo que os ainda jovens Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá  tinham, mas isso foi vencido com muita persistência, vontade de  fazer  e o coletivo que sempre foi uma das marcas da Legião.
Encontramos trechos de (Ainda é Cedo) com Renato cantando versões em inglês, (Será) vem numa batida muito mais pesada com distorção de guitarras e sem os violões; também ouvimos (Química), música que já tinha sido gravada pelos Paralamas, e que foi apresentada pela Legião no programa CLIP CLIP da Rede Globo.
Um dos pontos de grande nostalgia foi ouvir o baixo e os diálogos de Renato Rocha como os outros integrantes da banda.  Percebemos o quanto Rocha era um músico promissor quando ouvimos (Geração coca-cola) que está muito mais elétrica e com linhas de baixo mais pesadas, ou (o reggae) que mostra as influências dos ritmos africanos do baixista.
Um  momento engraçado é ouvir as vinhetas gravadas pelos caras para fazer divulgação dos  shows e propagandas nas rádios do país. Dado, Renato, Bonfá e Rocha anunciam os shows nas rádios  tocando uma musiquinha  no piano; Russo ainda produz pequenas narrativas contando a formação da banda em Brasília e um pouco da história dos integrantes da Legião Urbana.
Aliás, o senhor Renato Russo é um caso à parte, pois  além de fazer  narrativas sobre a história da banda em Brasília, o cantor rege o quarteto como um  maestro.
Percebemos um jovem Idealista e de pulso firme, que liderava o grupo como um professor que ensina e influencia os seus alunos. Naquele momento, Renato ainda era jovem promissor, cantor de voz potente que queria ser o melhor vocalista da história no rock nacional.
Com timbre de voz barítono e suas influências de Elvis Presley, Jim Morrison, Ian Curtis; ele já despertava o interesse dos produtores e do presidente da  EMI. O motivo não era só  a voz potente, mas o letrista que com  pouco mais de 20 anos, já mostrava maturidade e uma qualidade técnica admirável, digna dos grandes poetas.
Intuitivo, perfeccionista, supersticioso, místico; Renato dizia que era Ariano como Roberto Carlos! Ele não gostava de ser filmado. Talvez nem ele soubesse que o destino o transformaria no líder de uma geração, e que sua obra se perpetuaria por várias gerações.
O disco contaria com a primeira versão de Tempo Perdido, mas por problemas de direitos autorais entre a família de Renato e os dois integrantes da Legião, a faixa não está presente no disco, porém pode ser encontrada na internet.
Por causa do disco, Bonfá e Dado estão fazendo uma turnê por todo o país com o músico e ator André Frateschi nos vocais.

Por Salomão Fonseca
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