quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O PRIMEIRO REINADO NO SÉCULO XIX


O PRIMEIRO REINADO NO SÉCULO XIX


Este trabalho tem o objetivo traçar um panorama do Brasil no século XIX; tendo como relevância a chegada da família real, O primeiro reinado, como se estruturou processo de independência do Brasil.  Sendo assim,  começaremos nosso estudo   partido da organização de um  Brasil dependente.

O primeiro reinado deixou uma gama de experiências sociais e políticas, com o processo de independência,o Brasil deixou de ser colônia e aos poucos foi reconhecido como nação.

Com isto, deu inicio ao processo de formação social, passado por varias etapas e períodos necessários a formação de novas idéias. Tivemos varias influencias e mesmo assim os intelectuais brasileiros com o decorrer do tempo buscaram uma identidade nossa.

O nordeste teve uma grande importância, aqui houve grandes mudanças, as transições fizeram de Pernambuco o maior foco do liberalismo, sugiram academias e sociedades secretas como a maçonaria, a família Suassuna que fazia parte da elite, deixou o nome dentre a inteligência pernambucana.

Primeiro reinado, período entre (1822 e 1831), caracterizou se pelo processo de consolidação de independência do  Brasil e    a inserção   de uma nova nação  ao sistema internacional.  O processo de independência deu-se de forma diferente das outras  colônias da América, isto aconteceu pelo fato da colônia brasileira  ter se transformado na  sede da monarquia portuguesa por alguns anos.

O cenário político naquele momento evidenciava a importância de uma constituição  que criasse as leis  e organizasse  o estado,  sendo assim  realizou- se uma  assembleia constituinte  composta por 90 deputados   que pertenciam à  aristocracia rural.  Acontece que D. Pedro I se posicionar de maneira autoritária e se compromete a defender a constituição  desde que ela fosse digna do país e dele mesmo.
Um aspecto importante a ser citado é que nessa época vigorava  liberalismo moderado   que defendia  uma monarquia constitucional  que garantia os  direitos individuais   e limitava  os poderes  do imperador,  porém   não  poderia alterar o domínio  aristocrático escravista.

A assembleia foi apresentado pelo deputado "Antônio Carlos de Andrada"  um projeto  constitucional   o que defendia os seguintes princípios:

Subordinação do poder executivo ao legislativo, o que faria com que  os interesses   da aristocracia rural fossem  priorizados;  além de deixar claro  o imperador  não poderia  desenvolver o congresso  e que as forças armadas   estaria a disposição   do legislativo  e não do  imperador.

Restrição ao acesso à vida política nacional à maioria da população brasileira, o que levou ao voto censitário. O eleitor ou candidato ao legislativo teria que comprovar renda elevada conseguido através da agricultura.

Vicentino (1997)  diz que   a renda de eleitores e candidatos era calculada pela quantidade anual de  alqueires   de mandioca  produzidos em suas terras, com isso os eleitores foram divididos em primeiro e segundo grau. Os de primeiro grau eram eleitores de paróquias e os de segundo grau eram os de renda mínima de 250 alqueres.

Esse projeto ganhou o nome de “constituição da mandioca” e excluía a grande maioria da população das eleições. Após criticas crescentes essa constituição foi extinta e deu-se inicio a constituição de 1824.         Em 25 de março de 1824, D.Pedro I outorga a Primeira Constituição Brasileira, o nome do país oficial muda de Brasil para Império do Brasil e ocorre o movimento revolucionário conhecido como confederação do Equador.

Vicentino relata que a constituição apresentava inspiração européia e utilizava como base a Carta Outorgada de Luís XVIII de 1814, que estabelecia uma monarquia hereditária, a divisão dos poderes do estado em quatro: executivo, legislativo, judiciário e moderador.

Também aconteceu a oficialização do conselho do estado ( cargo vitalício), a divisão do pais em províncias ( dirigidos Por presidentes) e  a oficialização da religião católica e a subordinação da igreja ao estado e a liberação de culto as outras religiões.

Ainda em 1824 ocorreu um movimento chamado “A Confederação do Equador”, onde provocou protesto em varias províncias, principalmente no nordeste, onde muitos produtos da região estavam em crise.

Partiu de Pernambuco um movimento de caráter separatista, republicano, urbano e popular que se espalhou por todo nordeste, tendo a adesão da Paraíba, Ceara e Rio Grande do Norte que proclamaram a formação da confederação do equador.

A situação financeira do Brasil no primeiro reinado foi de muita dificuldade com aumento da divida externa que tornou a economia do Brasil frágil.  O autoritarismo de D Pedro I desgastou as relações entre a elite agrária e também dos grupos urbanos.

Após a guerra da Cisplatina e a Guerra de sucessão portuguesa, o primeiro reinado fica desgastado, impedindo D. Pedro I de ficar a frente do governo brasileiro.

De 1831 a 1840, iniciando pela abdicação de D. Pedro I.    Durante o período das regências  o Brasil teve uma forma de governo parecido com o regime republicano.

Assim formaram-se três grupos políticos para disputar o poder: Restauradores ( caramurus), Liberais exaltados ( farroupilhas) e Liberais Moderados ( chimangos).

Em 1834 com a morte de D. Pedro I a cena política brasileira passou então a ser dominada pela ala dos progressistas e a dos regressistas.  Em 1840 os regressistas assumiram a denominação de Partido Conservador.



Referencias
VICENTINO,Claudio, DORIGO,Gianpaolo. História do Brasil. São Paulo. Editora Scipione,2006.


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