quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

COMPACTO DO CINEMA PERNAMBUCANO

COMPACTO  DO CINEMA PERNAMBUCANO


   
  A  CONSTRUÇÃO DO CINEMA NO MUNDO   



Este trabalho tem o objetivo de mostrar o processo de formação do cinema em Pernambuco ao longo da  história, como ele surge e as primeiras contribuições para o seu desenvolvimento.  Iniciaremos nosso estudo a partir do século XVIII, quando ainda eram usadas as técnicas de fotografia para a construção dos primeiros filmes; passaremos pelos irmãos Lumière em 1895, o norte-americano David Griffth  e a sétima arte, até chegarmos no Brasil  e a campanha pró-cinema  com os ciclos regionais  que culminou   no ciclo do Recife.
O início do cinema acontece no século XVIII, utilizando as técnicas de fotografia já existentes,  Unidas a uma combinação  das Lanternas Mágicas  e  imagens sem movimentos, Esse foi o princípio   do que mais tarde chamaremos de Sétima arte.  Com passar do tempo, inúmeros cientistas  despertaram o interesse pela pesquisa cinematográfica, o que contribuiu para o desenvolvimento de outras técnicas de projeção.
Em 1824, o belga Joseph Antoine Plateau, Construiu um aparelho que criava a ilusão de movimento das fotografias; a partir daí, vários outros cientistas desenvolveram aparelhos semelhantes que funcionavam com desenho e fotografias. Mas foram os irmãos Lumière,  em 1895 que realizaram as primeiras projeções cinematográficas.
Em 1908, o norte-americano, David Griffth utilizando o jogo de câmera e  Luis,  efeito Claro-escuro, movimentando as imagens nas salas de projeção, isso levou o cinema a ser considerado arte  e  ganhar o título de sétima arte.
  

      O CINEMA NO BRASIL

Em 1920, aconteceu em todo o país o movimento pró-cinema, elaborado pelas revistas Para todo mundo e Selecta. Devido à força de propaganda que essas duas revistas tenham, surgiu em todo o país, um ciclo de cinema: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife foram algumas das capitais que mais se destacaram naquele momento.
Recife se destaca porque o seu cinema mudo tornou-se uma das grandes Representações sociais da época, isso porque os filmes realizados na capital pernambucana valorizavam o cotidiano das pessoas, o Nordestino e o povo brasileiro. Era o desenvolver do sentimento nacionalista!
A história do cinema pernambucano é dividida em duas partes: o ciclo do Recife e o ciclo Super-8


      O CICLO DO RECIFE

No ano de 1922, o ciclo do Recife foi um dos movimentos mais importantes da história cinematográfica brasileira. Criando filmes de forma artesanal. Contando com a colaboração de jovens de diversas áreas de atuação, o cinema pernambucano encabeçava a ideia de que os nossos filmes deveriam retratar a realidade social do nosso país.
Nessa época, nomes com os de Edson Chagas, Gentil Royz, Ary Severo,e Jota Soares  despontam como defensores O Resgate da memória das raízes brasileiras. Naquele momento, vivemos a melhor produção longa-metragem e documentários  com temáticas nacionais.
O marco inicial da sétima arte pernambucana foi o filme Retribuição de 1924. Escrito por Gentil Royz, o filme tem a temática romântica de bandido e mocinha, e foi dirigido pela equipe do Barreto Junior. Outro filme que também se destacou naquela época foi Aitaré da praia,  tendo como tema os  Jangadeiros. Esse filme é considerado o melhor filme 35mm. em termos  de produção e direção da primeira fase do cinema do Recife.
É nesta fase que acontece a construção das primeiras salas de cinema do Recife, e também as primeiras produtoras. O cine Royal se torna o grande templo do romantismo cinematográfico em Recife, a cada filme que estreava no Royal, o cinema era enfeitado com bandeirolas e folhas de canela para atrair o público.
Chegam os anos 30, e o ciclo de cinema do Recife  entrar em declínio  devido a alguns fatores:  o momento ruim da economia  e a forte concorrência com o cinema norte-americano contribuem para o fim da  primeira fase do cinema em Pernambuco.
Mesmo no período de 28 anos de queda, o cinema Pernambucana produz o último filme  intitulado  Recife cenário da vida, de Jota Soares e Mário Furtado de Mendonça. Neste período também é produzido o primeiro filme sonoro em Pernambuco: o coelho sai de Newton Paiva e Firmo Neto. Além de alguns documentários de temática antropológica realizados pelo instituto Joaquim Nabuco de pesquisas sociais.
Vale salientar que mais dois longas foram realizados nesta época: O Auto da Compadecida de Ariano Suassuna, e uma adaptação do poema Morte e Vida Severina de João Cabral de Melo Neto.
Os filmes anos 70 representam uma inovação no mercado cinematográfico mundial, a Kodak lança a bitola  Super-8 e  causa uma renovação  no universo do cinema.


      CICLO SUPER -8

No ano de 1973, acontece em Pernambuco um movimento de grande relevância para  o cinema, tão nacionalista e inovador quantos ciclo do Recife,  este movimento trazia  a fusão   de áudio e vídeo  para as telas  recifenses.
o ciclo Super -8 inaugura um período de novas possibilidades para sétima arte  Pernambucana. Com acontecimentos de festivais de curta-metragem acontecendo em todo país, em 1964, quatro filmes Pernambucanos estavam entre as atrações do circuito nacional: Caboclinhos do Recife; Bajado, um artista de Olinda;  A górgona Doméstica,  Vaquejada.
Fernando Spencer é considerado o produtor que mais incentivou a segunda fase do cinema no Recife, são mais de 36  filmes e documentários que retratam se valorizam  a cultura pernambucana. Vários outros nomes se destacaram na fase superotista recifense, entre eles estão: Jomar Muniz de Brito, Geneton Moraes Neto, Celso Marconi, Walderes Soares, Paulo Menelau e inúmeros outros que contribuíram para o super-8.


      SALAS DE CINEMAS EM RECIFE

Localizado na Rua Nova, o cine Royal  se tornou uma das grandes casas de projeção  de Pernambuco, pois o espaço representava todo o glamour e entusiasmo  com o cinema da sociedade recifense. Foi no Cine Royal que aconteceu a primeira  sessão de filme em Pernambuco:  o filme Retribuição. É lamentável que com passar dos anos e a construção  de salas como O Moderno  e o  Cine-Teatro do Parque, o Royal Tenha Perdido espaço; no entanto, Graças ao prestígio  do seu proprietário, o espaço não perdeu a sua relevância, e  hoje seu valor é reconhecido por muitos historiadores.
Cine-Teatro do Parque: localizado na Boa Vista, na década de 20 passou por uma grande reforma  graças ao empresário Luiz César Ribeiro. O cinema foi revitalizado e se tornou um dos mais luxuosos espaços cinematográficos da capital pernambucana.
Cinema São Luiz: Localizada às margens do Rio Capibaribe, na cabeceira da ponte Duarte Coelho, foi construído em 1962. O cinema São Luiz é um dos mais importantes prédios de Pernambuco, com sua concepção clássica, Hoje ele é um dos mais importantes monumentos da arte e da arquitetura pernambucana.
No ano de 2008, ele foi tombado como monumento histórico Governo do estado, ele foi revitalizado e o com apoio da Fundarpe, o cinema São Luiz trouxe de volta o seu público cativo. Hoje, ele é um dos símbolos da preservação  e contribui para difundir a cultura do nosso Estado.

     
      CINEMA PERNAMBUCANO NA ATUALIDADE

Com o filme Baile Perfumado de 1997, o cinema pernambucano ressurge e se torna um dos mais relevantes do país. Colecionando sucesso de crítica e público, a sétima  arte Pernambucana, hoje é uma grande representação não só do nosso Estado, mas  do nosso país. Isso acontece porque os temas dos filmes produzidos em Pernambuco abordam questões nacionais, mostrando a universalidade da arte produzida em Pernambuco.
Em 2007, governo de Pernambuco assumir uma nova postura com relação ao cinema pernambucano, com o objetivo de implantar uma política pública que fizesse com que o  povo pernambucano  tivesse mais acesso  a cultura de uma forma regionalizada   através do cinema; de lá para cá, cinema vem se fortalecendo  e  se estabelecendo  cada vez mais no cenário nacional.
Filmes com o Baile Perfumado, Amarelo Manga, A febre do Rato, contam nossa história, retratam o nosso cotidiano, nossos dramas e Anseios.  Também cumpre o papel de levar informação e cultura ao nosso povo, mostrando nossos costumes, nossos valores, nossa tradição; criando um  intercâmbio com outras culturas e abrindo nossas janelas para o mundo.


  Por Salomão Fonseca



Referencias

MACHADO, Regina C.V. Fundação Joaquim Nabuco. Cinema Pernambucano. Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=520&Itemid=1 . acessado em 10 de Dezembro de 2015.
MARINHO, Carla. Cinema Classico. História do Cinema em Pernambuco. Disponivel em: http://cinemaclassico.com/index.php/entertainment/item/1539-historia-do-cinema-pernambucano . acessado em 10 de dezembro de 2015.







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